Na mesopotâmia, construções de sistemas de irrigação e o controle das cheias dos rios tigres e Eufrates eram fundamentais para a sobrevivência para a sobrevivência das populações que habitavam a região, exigindo uma organização coletiva para que as atividades de agricultura fossem mantidas e a habitação se tornasse possível
Com tempo, sentiu-se a necessidade de um poder centralizado, que dirigisse a sociedade e que este pudesse coordenar melhor os trabalhos nas construções dessas grandes obras de interesse à população e assim surgiu o Estado. As cidades-estados formadas tinham apenas o fator militar em comum, sendo independentes economicamente e politicamente.
No entanto, o pequeno grupo de governantes passou a usar o poder que detinham para explorar o restante da população, acumulando riquezas e privilégios. Essa desigualdade fez com que a sociedade-outrora comunitária- se dividisse em classes.
A mesopotâmia se encontrava em uma teocracia, onde o chefe de estado era visto como um representante dos deuses que com ajuda de sacerdotes manteria controle sobre o poder político e religioso, sendo responsáveis por templos e pela administração da cidade.
Devido ao forte atrativo das áreas férteis os rios tigres e Eufrates, vários povos invadiram a região. Entre essas tomadas de poder é importante destacar um rei da babilônia chamado Hamurabi que foi responsável pelo primeiro código jurídico com leis escritas. O código de Hamurabi com ficou conhecido é a compilação de diversas leis e punições que regiam a sociedade na época. Este código adotava a “lei de talião” que determinava que a pena aplicada ao criminoso fosse equivalente ao crime cometido por ele- “Olho por olho dente por dente”.
Durante o tempo devido as constantes disputas e confrontos entre cidade e povos, o quadro político da mesopotâmia foi extremamente instável tendo alguns desses povos e cidades se destacando e assumindo um relativo poder.
SUMERIA: ausência de união política entre os sumerianos pode ser percebida na existência de vários conflitos entre as cidades que ocupavam o território. Aproveitando das constantes guerras entre as cidades de Lagash e Ur, os semitas se instalaram na Mesopotâmia e organizaram uma robusta civilização em torno da cidade de Acad. Por volta de 2350 a.C., os acadianos conquistam as regiões sumerianas e, assim, constituíram o Império Acádio, o primeiro grande Estado mesopotâmico.
BABILONIA: Por estar situada na parte sul e mais fertilizado da mesopotâmia, a babilônia tornou-se a maior cidade da caldeia,pois aí se localizava o império de toda a Ásia pelo seu grande desenvolvimento no comércio. O regime político dos Assírios como o dos Caldeus era a monarquia absoluta, com o poder centralizado nas mãos do rei, que era também o chefe militar, administrador, legislador supremo, sacerdote máximo e supervisor do comércio.A sociedade seguia uma hierarquia numa sequencia que era: rei nobres, sacerdotes estudados em ciência, comerciantes, pequenos proprietários e escravos.Após a morte do rei, o império caldeu declinou, o que foi a principal causa da corrupção, tornando os seus governantes sedentos cada vez mais de maior luxo, esquecendo-se de cuidar da cidade, relaxando suas defesas e céus 539 a.C. Ciro segundo da pérsia aproveito-se dessa situação da cidade, atacando-a e conquistando-a Assíria: Por volta de 2000 a.C., em meio a um grande movimento de indo-europeus vindos do Cáucaso, os assírios estabeleceram-se na região do alto Tigre. Foram invadidos pelos bárbaros semitas denominados amoritas. Por volta de 1000 a.C., um rei amorita dos assírios estabeleceu controle da maior parte do norte da Mesopotâmia. Seu poder durou pouco por causa da ascensão da Babilônia sob Hamurabi e dos mitanos, povo do oeste, na moderna Síria.Durante o segundo milênio a.C., os assírios foram dominados seguidamente pelos mitanos e pelos amoritas da Babilônia.
Relevo assírio representando o transporte de cedro libanês (século VIII a.C.).O período de 1363 a 1000 a.C. foi o Médio Império Assírio. Vários reis fortes reconquistaram a independência assíria e, então, começaram a invadir os impérios vizinhos. Os assírios evitaram destruição durante a catástrofe de 1200 a.C., talvez porque já estivessem adotando novas técnicas militares e armas que os velhos reinos não utilizavam. No vácuo político da Idade das Trevas da Antiguidade, os assírios prosperaram. Em 1076 a.C., Tiglate-Pileser III alcançou o Mediterrâneo, à oeste.Já no século XIII a.C., os assírios, sobTuculti-Ninurta I (1242 a.C. - 1206 a.C.), libertaram-se da Babilônia.
Por volta de 1200 a.C., ocorreu um novo grande movimento migratório de indo-europeus. No Egito, foram contidos pelos faraós Merneptá (1235 - 1224 a.C.) e Ramsés III (1198 - 1166 a.C.). Na Grécia, geraram um grande processo de dispersão. Na Ásia Menor, causaram o declínio dos hititas. Na Mesopotâmia, geraram a agitação dos arameus, que terminaram por invadir a Babilônia e a Assíria por volta de 1047 a.C.. Relatos da época dizem-nos que os assírios refugiavam-se em "terras inimigas" escapando "da míngua, da fome e da miséria". Os templos ficaram em ruínas, e a interminável guerrilha contra os nômades teria alterado o caráter da Assíria, transformou-a em uma nação de guerreiros cruéis e bem adestrados, com um poderoso exército, que, em pouco tempo, abalou todo o Oriente Médio.
O Novo Império Assírio, de 1000 a.C. a 600 a.C., representou o auge das suas conquistas. O império ia da ponta do golfo Pérsico, passando ao redor do Crescente Fértil por Damasco, Fenícia, Palestina, e entrava no Egito até Tebas. Sua fronteira norte eram os montes Tauro da atual Turquia. Com exceção do que tinha sido as culturas minoicas (Creta), micênica (Grécia) e hitita (Turquia), todas as áreas de civilizações pré-catástrofe ao Oeste foram governadas pelos assírios.Por volta de 830 a.C., no reinado de Salmanasar III, os arameus foram subjugados e a eles foi imposta uma cobrança tributária.
Texto de Leonardo Souza